Longa 3 Obás de Xangô é o Melhor Filme no Festival de Tiradentes

(Reprodução Correio da Bahia/Ronaldo Jacobina) – O filme 3 Obás de Xangô, do cineasta baiano Sergio Machado, foi eleito o Melhor Longa-metragem no Festival de Cinema de Tiradentes (MG), neste final de semana. Esta é a terceira participação da obra em festivais brasileiros tendo sido premiado em todas. “O filme foi finalizado nas vésperas do Festival do Rio e saiu com o prêmio de Melhor Documentário, depois foi pra Mostra de Cinema de São Paulo e foi eleito pelo público como o Melhor Doc e agora Tiradentes. São três participações, todas premiadas, mas, mais do que os troféus, nos impressionou a reação do público, muito semelhante em todos os lugares com direito a choro e risadas. Aqui na Bahia tivemos uma sessão especial, na semana passada, com a presença do povo de candomblé, e foi igualmente surpreendente”, conta Sergio Machado.

Três festivais, três prêmios

O documentário, produzido pela Conqueirão, Janela do Mundo e Globo Filmes, retrata a amizade incondicional entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé, os maiores responsáveis pela criação de um imaginário de baianidade que persiste até hoje. “Acho que a cumplicidade entre Jorge Amado, Dorival Caymmi e Carybé, a relação de amor entre os três e as religiões de matriz africana , apontam na direção de algo que tem feito falta para todos nós nos dias duros que vivemos. O filme, de maneira leve e despretensiosa, aponta para uma utopia ainda possível. A história dos Obás de Xangô é de luta e resistência, mas também de entendimento e compreensão do outro, talvez por isso o filme tenha tocado de forma tão intensa as pessoas”, conclui o cineasta.

A vez de Lina

E por falar em cinema, a produtora Maria Farinha Filmes vai levar a história da arquiteta italiana Lina Bo Bardi, conhecida pelos projetos do Museu de Arte Moderna da Bahia e de São Paulo, MAM e Masp, respectivamente, para as telas. O filme, segundo a colunista Monica Bergamo, da Folha, será inspirado no livro Lina Bo Bardi: O que Eu Queria Era Ter História, do escritor Zeuler R. Lima. Dentre os temas abordados no roteiro construído por Josefina Trotta, está a conexão de Lina com a Bahia onde assinou a reforma do Solar do Unhão, dentre outros projetos emblemáticos como o Espaço Coaty, na Ladeira da Misericórdia.

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