O 2º Fórum Brasileiro dos Direitos da Natureza será realizado na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e na Aldeia indígena Tupinambá, Tukum, em Olivença, na cidade de Ilhéus, nos dias 6 e 7 de outubro. As inscrições podem ser feitas – através do link – até o dia 15 de setembro. São gratuitas, mas o custo com transporte, alojamento e alimentação, serão arcados por cada participante, que terá direito ao certificado digital.

O evento é promovido pela Articulação Nacional pelos Direitos da Natureza, a Mãe Terra – composta por entidades da sociedade civil, povos indígenas e comunidades tradicionais criada através de um diálogo realizado no Seminário Nacional do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental a partir de uma das conclusões do Sínodo da Amazônia, realizado em outubro de 2019.

Além da Uesc, o evento conta com o apoio da Universidade Federal Sul da Bahia, Caritas Brasileira, Mapas e o Observatório de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (Olma), reafirma ações coletivas e conscientes do envolvimento da sociedade e das pessoas a respeito da importância do resgate dos modos de vida em harmonia com os demais seres da Natureza.

Fórum, saberes e escuta

O Fórum é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da sua iniciativa Harmony with Nature. O evento tem por objetivo o compartilhamento de saberes e a escuta das comunidades indígenas, tradicionais, acadêmicas e da sociedade civil para promover incidências locais e nacionais e para iniciar a construção da Assembleia da Terra da ONU, que será implantada em abril de 2024, contribuindo com a definição sobre os direitos universais da Mãe Terra, que deverão ser debatidos globalmente e internalizados na Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra.

No dia 6 de outubro, a programação será na Aldeia Tukum, preparada pela própria comunidade indígena, envolvendo anciãos e a juventude, a prática de seus rituais e a apresentação de sua bioculturalidade.

No dia 7, na Uesc, o encontro com diversas atividades, tem por finalidade a consolidação e encaminhamento de demandas das comunidades tradicionais presentes no encontro, para que o poder público e a academia contribuam na luta pela resolução e encaminhamento de demandas pendentes das comunidades, além de embasamento para criação de projetos que tragam visibilidade, união e troca de saberes.