Cinemateca Brasileira promove mostra sobre Jean-Luc Godard
Em parceria com o Embaixada da França no Brasil e com o Institut Français, a Cinemateca Brasileira promove uma homenagem ao realizador francês Jean-Luc Godard, recentemente falecido. As sessões incluem o primeiro longa dirigido por Godard, Acossado (1960), considerado um manifesto estético da Nouvelle Vague e escolhido para ocupar o 13º lugar na lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos, feita pela renomada revista Sight and Sound e pelo British Film Institute — BFI.
Seu próximo grande sucesso, O Desprezo (1963), é tido como um dos melhores trabalhos do diretor e também da Nouvelle Vague, sendo uma de suas tantas adaptações literárias para o cinema.
O cineasta envereda para a ficção-científica com Alphaville (1965), sátira dos filmes de espionagem, que parte de Paris para criar uma cidade futurista e distópica. Trata-se de um momento de transição na carreira do diretor, passando para uma fase assumidamente militante.
Este período de sua carreira é representado na mostra por O Demônio das Onze Horas (1965) e A Chinesa (1967), obras que simbolizam um passo rumo à renúncia ao cinema narrativo “burguês” e antecedem a criação do Grupo Dziga Vertov (1968 — 1974).
Fundado por Godard e Jean-Pierre Gorin, o coletivo fazia filmes politicamente posicionados e com orientação maoísta, trazendo a ideologia marxista para a forma e conteúdo.
Em 5 filmes, a mostra apresenta ao público o trabalho do diretor que encarnou a Nouvelle Vague francesa e marcou a sétima arte subvertendo os códigos e reinventando as formas. A programação é gratuita e os ingressos são distribuídos uma hora antes de cada sessão.