Palocci diz que o PT recebeu R$ 270,5 milhões em propina
Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff, disse em delação que o PT recebeu R$ 270,5 milhões em propina entre 2002 e 2014, conforme informa a revista Veja. Os valores eram doados por empresas para campanhas, mas em troca de favores: para cada doação, havia uma contrapartida. As negociações eram feitas com a participação de João Vaccari, ex-tesoureiro do partido.
O acordo de delação premiada firmado por Palocci no STF tem 23 anexos, que tratam de 12 políticos. Em sua delação premiada, revela repasses milionários, na forma de doações oficiais e via caixa dois, para doze políticos, incluindo ex-ministros de estados, ex-parlamentares e parlamentares em exercício. No anexo 12 da delação, o ex-ministro petista diz que Gleisi Hoffmann, atual presidente do PT, recebeu R$ 3,8 milhões na campanha de 2010, quando foi eleita senadora pelo Paraná.
O acordo de colaboração do ex-ministro dos governos Lula da Silva e Dilma Rousseff tem 23 anexos, cada um contendo um relato de crime. Apenas um ficou no Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informações da revista Veja. Os demais processos foram enviados para São Paulo (11), Curitiba (3), Brasília (5) e Rio de Janeiro (1).
Moeda de troca – Entre os nomes citados na delação, estã os petistas Fernando Pimentel e Tião Viana, que governaram Minas Gerais e o Acre, respectivamente. Segundo a delação, Pimentel recebeu R$ 2 milhões, em 2010, da empreiteira Camargo Corrêa. Já Viana, levou R$ 2 milhões da Odebrecht, também em 2010, sendo R$ 1,5 milhão por meio de caixa dois. A Odebrecht, segundo Palocci, também repassou R$ 3,2 milhões, via caixa dois ao ex-senador Lindbergh Farias, em 2010.
Na delação premiada, Antonio Palocci detalha que Dilma e Lula receberam propina de empresas em troca de desonerações tributárias, linhas de crédito do BNDES, auxílio em fusões e apoio da base governistas a medidas que tramitavam no Congresso, informa a Veja. Segundo a revista, houve corrupção no financiamento de todas as campanhas eleitorais, de eleição e reeleição dos ex-presidentes do PT.
Com informações de O Antagonista